sábado, 3 de novembro de 2018

3 pontos ao som do bailinho

Jogo difícil na Madeira e três pontos suados. Talvez seja esta a frase que defina a história desta jogo dos campeões nacionais nos Barreiros. Fruto disso foi a postura 100% defensiva da turma insular que apenas e só procurou defender o 0-0 e jogar para o "pontinho".


Otávio,uma das figuras do jogo

Antes de irmos aos destaques,apenas tocar neste tema: a mediocridade do nosso futebol. Hoje foi mais um exemplo daquilo que é o futebol português. Hoje vimos uma equipa que entrou em campo a jogar num sistema de 5 defesas. Sim,leram bem. 5 defesas. Durante toda a primeira parte o FC Porto não acertou com a baliza de Amir muito por culpa deste sistema ultra-defensivo e impenetrável que Cláudio Braga implementou. Dou mérito pela forma como anulou o ataque portista mas começou a tecer cada vez mais críticas ás equipas que adoptam este tipo de comportamentos: bloco baixíssimo,constantes demoras nas reposições de bola e jogadores a simulares falta que mais parecem faltas gravíssimas e por consequência disso,muitas paragens no jogo,quebrando o ritmo. Posto isto vamos lá aos destaques dos nossos jogadores: 




Óliver Torres (+) - Mais uma enorme exibição do espanhol. Já frente ao Feirense tinha sido decisivo no que toca a % de passes efetuados com sucesso. Hoje, o jovem médio somou 1 passe para finalização, dois dribles completos em três possíveis,92% de eficácia no passe e ainda 14 recuperações de posse. Enorme! 

Otávio (+) Entrou,viu,marcou e assistiu. Otávio foi a chave deste jogo. O brasileiro foi absolutamente fulcral nesta vitória e para isso muito contribuíram a sua eficácia no passe (88%) e dois passes para finalização (um deles acabou em golo).

Duelos ganhos (+) A postura "agressiva" do Porto de 17-18 está para ficar. Hoje verificou-se isso mesmo. 44 duelos ganhos contra 39 do Marítimo. 




Postura madeirense (-) Como já foi falado em cima,esta postura defensiva condicionou e muito a estratégia do FC Porto. Na primeira parte vimos mais um jogo para adormecer do que para entreter. 

Tiquinho Soares (-) Noite menos para Tiquinho. Em todos os cruzamentos para a área deixou-se sempre antecipar por Zainadine. A única ação positiva foi a de ter conquistado o penalty que Marega desperdiçou.

sábado, 27 de outubro de 2018

Três vodkas

Foi com grande classe e categoria que na passada quarta-feira o FC Porto venceu o campeão russo,por 3-1. Deu assim um passo de gigante rumo aos oitavos de finais que tanto dinheiro poderão trazer para os cofres portistas,e ajudar a cumprir o fair-play financeiro. 



A titularidade de Óliver Torres é o principal destaque para o Azul e Branco. O médio espanhol fez uma exibição de elevado gabarito,vindo buscar jogo por diversas vezes e apresentou uma qualidade de passe muito eficaz. Posto esta pequena introdução vamos lá aos destaques da vitória em solo russo.




Danilo Pereira (+) Com Danilo a história é sempre outra. O médio-defensivo do FC Porto em 40 minutos registou: 8 recuperações de bola, 2 desarmes e duas interceções. Um autêntico "polvo". 

Felipe (+) - O internacional brasileiro também esteve impecável na vitória sobre os russos. Para a história ficam os 8 duelos aéreos ganhos, 79 ações com bola e ainda liderou os campeões nacionais no capítulo de jogador com mais passes (65). 

Iker Casillas (+) Foi talvez San Iker a dar o mote para esta vitória categórica em Mosocovo. Imperial a travar o pontapé de Manuel Fernandes no penalty e ainda deu bastantes incentivos aos restantes companheiros de equipa. Quem tem um Iker,tem muito.

Alex Telles (+) A noite começou mal para o brasileiro,mas depresssa ele se redimiu. Foi um bombeiro autêntico no lance onde Denisov remata e Telles tira sobre a linha de golo e depois vai "tirar o pão da boca" ao internacional português Éder.  




Éder Militão (-) O brasileiro chegado do São Paulo esteve ligado pela negativa ao golo moscovita. Foi ele quem "ofereceu" a bola e também não esteve nos seus melhores dias,muito por culpa de apenas ter ganho um duelo aéreo defensivo. 

Marega (-) O maliano marcou o primeiro golo portista na Rússia,mas continua a ser um jogador que quando se exige alguma técnica,revela inúmeras dificuldades. Foi ainda o jogador mais faltoso nesta jornada de Champions League (5 faltas).

Zonas de ação de Danilo frente ao Lokomotiv Moscovo



domingo, 14 de outubro de 2018

Atualidade

Numa altura em que as competições internas pararam para os compromissos internacionais,é altura de se fazer uma análise ao que tem sido a época do FC Porto e os futuros compromissos dos atuais campeões de Portugal.

A época começou com a conquista da Supertaça frente ao Desp.Aves em Aveiro. Um título que há muito fazia falta aos dragões. Depois disso seguiram-se duas vitórias para a Liga,uma delas sofrida e outra com uma goleada das antigas. Mas aquilo que "todos temiam" aconteceu á 3ª jornada. Em pleno Estádio do Dragão,o FC Porto vence ao intervalo o Vitória de Guimarães por 2-0. Chega o final do jogo e os campeões nacionais perdem por 3-2 e somam a primeira derrota da época e voltam a perder em casa para a Liga mais de 2 anos depois. 

E foi aqui que os principais problemas vieram ao de cima. Falta de soluções para várias posições no campo,uma ideia de jogo que pouco ou nada evoluiu da temporada passada. Muitos podem dizer :"Ah,mas foi assim que nos sagrámos campeões". Verdade. Mas este FC Porto apesar de ter sido campeão nacional com muito mérito,teve/tem um plano de jogo que assenta sobretudo em lances de bola parada e de bola direta na frente para a correria desenfreada de Marega.

No FC Porto atual,não vemos uma equipa que queira ter o controlo total do jogo,que seja uma equipa em constante circulação de bola,flancos e de jogo interior. Nada. Zero! Os intérpretes que constituem este onze,não permitem que o FC Porto seja agarrado á bola. Marega é um jogador muito limitado tecnicamente,não consegue jogar numa equipa que goste de ter bola. A solução para integrar Marega no onze foi referida em cima: Jogar em bola longa.


Se porventura se tentasse incluir Oliver Torres no onze inicial e Corona entrasse para o lado direito do ataque,talvez este FC Porto passasse a jogar mais com bolas no chão e não estar constantemente á espera de uma bola parada e que Marega rompa as defesas com a sua velocidade. 

Oliver foi um jogador caro. Não é usual vermos um clube português pagar 20 milhões de euros por um jogador. Não é. Até aos dias de hoje,Oliver nunca foi um titular indiscutível mas é dos poucos jogadores do plantel atual que tem ideias no capítulo do passe e no momento de decisão. Sabe guardar bem a bola e solta-lá no momento exato. Joga maioritariamente curto em vez de colocar uma bola longa no ataque. É isto que falta ao FC Porto.

Se para meter Óliver no onze,seja necessário retirar Marega,que assim seja. Esta equipa precisa urgentemente de ideias novas,de um modelo de jogo que não tenha como referência um jogador debilitado do ponto de vista técnico. Nada contra Marega,que já muito deu á nação portista,mas o plano de jogo de Sérgio Conceição,atualmente é demasiado previsível. Qualquer equipa que interprete bem esta estratégia cria inúmeras dificuldades ao FC Porto e acaba por lhe retirar pontos.

Outra coisa que tem que ser falada é as lesões. Aboubakar está fora das contas por muitos meses e as únicas opções para o eixo do ataque são Tiquinho,André Pereira,Marius e Adrián. O primeiro já se revelou n vezes decisivo em vários jogos. Do lote acima referido,é o que está na pole position. Depois temos André Pereira que regressa após empréstimo e pode ser uma alternativa bastante credível. Marius pouco ou nada se conhece deste jogador do Chade. Já marcou é certo mas a sua contratação ainda hoje não tem explicação ou uma razão fundamental. E por ultimo Adrián que tarda em justificar os 11 milhões que custou em 2014 e em cada jogo que entra mais parece um turista perdido no meio do deserto. É urgente resolver a situação do espanhol. Não me parece que esta época seja um jogador que vá ser decisivo nem que tenha alguma contribuição para o sucesso desta equipa. O que neste momento está a fazer Adrián, fá-lo-iam Rui Pedro (equipa B), Bueno (equipa B) ou então Fábio Silva (júniores). Adrián é apenas e só um jogador a receber o seu bruto salário ao fim do mês e que pouco contribui para o sucesso deste plantel. Um clube que está intervencionado pela UEFA e que tem nos seus quadros vários jogadores assalariados brutalmente e sem rendimento desportivo,tem de se livrar deles. Ponto.

Na parte das contratações,destaque inequívoco para Éder Militão que tem feito uma dupla incrível com Felipe e onde ambos já são internacionais A pelo Brasil. Militão é daqueles jogadores que chega,vê e vence. Provavelmente no final da temporada tem o seu destino traçado e poderá ser uma venda histórica para o clube. Quanto a Jorge e a Bazoer apenas jogaram pela equipa B,sendo que jogar frente a uma Oliveirense não é o mesmo que jogar frente a uma equipa de Primeira Liga.

O próximo compromisso é para a Taça de Portugal,frente ao Vila Real. O que peço ao mister Conceição é que equacione bem a hipótese Óliver Torres no onze e que dê oportunidades a quem realmente trabalha diariamente nos treinos para as ter. Para finalizar deixo em baixo um onze que poderá ser uma realidade na próxima sexta. 



sexta-feira, 12 de outubro de 2018

A (não) renovação de Héctor Herrera

Héctor Herrera é por estes dias,um dos jogadores com mais mercado no plantel do FC Porto. É também ele,capitão de equipa e líder de um balneário com duas recentes conquistas. Herrera foi o homem que levantou a taça de campeão nacional de um dos campeonatos mais marcantes da história do clube,pelas circunstâncias externas que se foram desenrolando ao longo da época.

Mas chegamos a outubro e vemos que o nosso capitão está a apenas 3 meses de assinar por qualquer outro clube. Sim,neste momento,o FC Porto tem o seu capitão em final de contrato. Pergunta-se :"Mas um jogador como Herrera tem sempre interessados e o próprio clube não o quer?". Quer sim. A componente que está a travar a renovação do mexicano é apenas e só a questão salarial. Ontem,vimos Pinto da Costa dizer: "Herrera pedia 6 milhões para renovar". Ora esta declaração vem numa altura em que saiu o R&C de 2017/2018 onde o clube mais uma vez registou prejuízos.

Ora se um clube que está sob alçada da UEFA fruto do Fair-Play Financeiro,regista mais uma vez prejuízos nos R&C e tem um jogador que pede 6 milhões de euros para prolongar o seu vínculo,penso que todos nós já sabemos o que vai acontecer em junho. 

Héctor Herrera tornar-se-á num jogador completamente livre e poderá assinar por quem quiser e bem lhe apetecer. 6 milhões de euros para um jogador que jogue no FC Porto é uma coisa absurda. Nenhum jogador em Portugal aufere perto disso. Nenhum. Quem já teve as despesas de renovar com Iker Casillas,Maxi Pereira (sobretudo estes 2) e mais uns quantos,torna-se praticamente improvável que chegue perto dos valores que o jogador pretenda auferir.

Na mesma situação que Herrera,está Brahimi. Sendo que neste caso,o FC Porto em caso de não renovação do argelino,tem de indemnizar a Doyen,devido a esta ter 50% do passe de Brahimi.



Herrera chegou ao FC Porto em 2013,fruto de uma época muito bem conseguida ao serviço do Pachuca. Herrera esteve também em destaque nos Jogos Olímpicos de 2012 onde conquistou a medalha de ouro. Na altura,o custo da contratação foi em cerca de 11 milhões de euros. Chegou com rótulo de jogador caro e demorou a afirmar-se, tendo apenas sido titular indiscutível com Julen Lopetegui em 2014-2015. Fez golos importantes,assistiu,desarmou. Em 2016 cometeu o erro que levou a que o Benfica empatasse perto do fim num clássico jogado no Dragão. Mas com Conceição foi a alma e o coração de uma equipa sem chama e sem cultura de vitória. Marcou provavelmente o golo que decidiu o último campeonato mas agora está na sua (provavelmente) última época de dragão ao peito.

Até junho tudo pode acontecer,mas nós,caro Héctor não temos disponibilidade financeira para chegar perto daquilo que tu pretendes e secalhar até mereças auferir. Resta dizer-te um muito obrigado por tudo o que nos deste e ainda podes vir a dar. 

Para sempre,um dos nossos!

domingo, 23 de setembro de 2018

Três pontos amargos



Dois golos,um em cada parte fizeram a vitória do FC Porto na visita ao Sado. Uma exibição muito cinzenta dos campeões nacionais que passaram por muitos calafrios antes de chegarem ao segundo golo. 

Depois da receção ao Tondela (cuidado com o Tondela),segue-se a visita á Luz. E muito sinceramente a jogar assim se sairmos de lá com o empate já é muitíssimo bom. Posto isto vamos lá aos nossos destaques...




Éder Militão (+) - O internacional brasileiro foi de facto o homem do jogo na nossa opinião. Durante os 90 minutos de jogo,Éder somou 12 ações defensivas e ainda ganhou 5 dos 6 duelos aéreos que disputou. Um jogo impecável do reforço vindo do São Paulo.

Felipe (+) - O parceiro de Militão também esteve em destaque no Sado. Registou 8 alívios em 13 ações defensivas e ainda ganhou 2 duelos aéreos. 




Brahimi (-) Jogo infeliz do argelino. Brahimi não conseguiu dar á equipa a critativdade necessária para desbloquear o quinteto montado por Lito Vidigal. Os dribles eficazes foram poucos e não houve a tal "magia" que já nos habitou a ver. 

Passividade (-) Já criticamos aqui algumas vezes a apatia que o FC Porto mostra após marcar 1/2 golos. A equipa sujeita-se seriamente a sofrer diversos dissabores que só não são materializados por culpa de Iker Casillas e da defesa. Muitas faltas de concentração em momentos chave da partida que podem alterar facilmente uma vantagem larga. 

A vitória no Sado acaba por ser justa face aquilo que se passou. No entanto o Vit.Setúbal durante alguns minutos dominou a partida e teve chances para empatar o jogo. Num lance de bola parada,o FC Porto acaba por conseguir a vitória que é muito cinzenta e muito frouxa. 

Venha o Tondela!